Estes contos podem, certamente, inserir-se no gênero literário denominado Literatura Fantástica, que reúne em suas fileiras nomes consagrados como Poe e Lovecraft, representantes do horror, e Carrol e Tolkien, mestres da fantasia colorida e leve, entre outros. Deve-se frisar, entretanto, que o escrito fantástico nem sempre é pura ficção, isto é, a base do escritor fantásticos por vezes não é apenas o voo ou mergulho vertiginosos de sua imaginação fecundíssima nas dimensões ditas fantásticas, quiméricas, fabulosas ou sobrenaturais: pode bem ser, na alternância fato e ficção, o fruto maduro da semente de uma realidade... insólita, perturbadora e mesmo aterradora... mas sempre realidade... O caso de Blavatsky, em quem além da incansável estudiosa e pesquisadora do oculto reconhecemos a sensitiva e maga, tal ressalva se revela obrigatória, pois estas narrativas seriam o registro quase jornalístico de sua coleta de fatos extraordinários pelo mundo afora.